terça-feira, 10 de julho de 2007

Meu grande avô

Aqui estou com seu casaco cinza e desbotado
Que me faz sentir tanto sua presença ao meu lado

Porém dele não precisa mais
Assim como seus velhos óculos
Nos quais eram grandes demais

Olhos azuis de pura sabedoria
Que tanto me ensinou
Eu realmente sinto sua falta

Meu grande avô

O ancião de barba
Andando pra lá e pra cá
Lendo jornal até cansar

Indo para o trabalho
De Maverick ou de ônibus
Esperando ansiosamente
O trabalho começar

Mas tudo se foi
E tudo se vai
Eu sinto muito sua falta

Meu grande avô

Lembro-me perfeitamente
De como chutava uma bola
Como se fosse um atacante
Do glorioso América Mineiro

Lembro-me dos cachorros
Que sempre os tratou como filhos
Mesmo que com grandes dentes

E lembro-me de mais coisas
Que para mim eu guardo
Como um vinho envelhecido e quente

E é por sentir sua falta
Que faço tais letras
A fim de te abraçar
Independente onde esteja

Está tudo azul, meu grande avô
Mesmo sentindo tanto sua falta
Seguimos sempre,

naquela luta!

Um comentário:

disse...

Parecia ser um grande homem.
Gostaria de ter conhecido ele.

Ele deixa passos, como passos na areia, mas que nunca vão se apagar... siga-os!