quarta-feira, 7 de março de 2007

ângulos sobre a vida e a cidade; vistas por um jovem aleatório.

Matemática... Só essa palavra me assusta. Não porque eu seja o cara mais rebelde do pedaço ou esteja seguindo padrões de rebeldia imbecis, mas a maneira que toda essa droga é vista na escola, isso sim me enoja!

Bloco O; o ponto de encontro de todos os tipos de babacas do meu colégio, inclusive eu mesmo. Creio que seja o prédio onde mais venta na cidade. Apesar de estar cheio de figuras excêntricas que nunca te deixam em paz, é um lugar bacana para matar o tempo. Se bem que a galera não é tão ruim assim. São idiotas em sua maioria, mas são menos que os do L.V., meu antigo colégio. O H., por exemplo, praticamente todo dia me pede um cigarro e fica com a sua blusa xadrez de lenhador por aí. Sem contar quando ele faz a barba e fica roçando a pança cabeluda dele contra a outra pança da namorada. Mas mesmo assim ele é um cara legal. Até porque ele sempre me chama de “alemão”, o que me agrada muito. E o fato dele ser imbecil não me faz melhor que ele, até porque eu, você e qualquer um parece imbecil quando mostra quem realmente é.

Esse maldito bloco me inspira pra burro. Imagino-me até daqui uns anos vindo aqui e tendo que segurar as folhas do caderno que balançam com o vento para poder escrever. Aqui se sente todo movimento da cidade; toda sua pulsação. A cidade é viva. Geme, flui, corre, esquenta, sopra. Nós somos apenas células medíocres, mas que constroem e mantêm o funcionamento do urbano. Sujamos, limpamos, destruímos, reclamamos... Mas sempre a cidade cresce e todas as células idiotas crescem e se multiplicam como coelhos no cio. A vida é a cidade. Não existe algo mais admirável do que a cidade com todos seus contrastes, velocidades e sons. Ambulâncias, buzinas, ônibus, fumaça, médicos, executivos, estudantes, operários, pessoas gritando “vai pra Rodoviária!” “Me arruma um cigarro?”. Toda essa ação me mantém vivo. São nas ruas que me sinto bem...

As pessoas correm para o trabalho. Umas por necessidade, desde cedo, indo pra lá e pra cá para arrumarem um troco. Outros, por luxo, fazem suas estúpidas caminhadas diárias depois que passam dos quarenta; longe de conhecer a verdadeira face do asfalto e das pessoas que pisam sobre eles. O mais irônico é que são justas essas pessoas que te dizem onde e quando você pode andar por aí!

3 comentários:

disse...

esse sim! me segurou do começo ao fim!

BrainOrb disse...

Interessante.
Gostei (Y)
Só não digo que vou virar assíduo, pq sempre esqueço de entrar de novo.
Se puder, me avise quando atualizar.

BrainOrb disse...

Interessante.
Gostei (Y)
Só não digo que vou virar assíduo, pq sempre esqueço de entrar de novo.
Se puder, me avise quando atualizar.