Eu mordo essa folha medíocre.
Como se tentasse acabar com a minha mente.
Que no momento pulsa!
Quero devorá-la.
Quero calar a boca de todos ao meu redor.
Quero acordar o selvagem.
Quero encontrar a barbárie imersa
nos ecos e entranhas do meu tecido ébrio e putrefato.
Quero arrancar a cabeça dos gatos que correm sem parar entre minhas pernas.
Quero sentir cada nervo, veia e osso romper provando da dor e da tristeza dilacerante.
Tudo isso para que apenas eu seja a pessoa mais solitária...
Ou então para destruir toda essa liberdade que passa ao meu lado.
Para que esses malditos gatos não me façam lembrar de toda energia que tenho.
Para que você, caro leitor, se sinta tão desprezível quanto eu.
Cansei de ser desrespeitado por todos como se minha fúria e dor não fossem algo coerente e devidamente aceito.
Parece que sou um dos poucos que vivem e sentem isso. Pois tudo que recebo são olhares e palavras de reprovação, como se todos mal soubessem do que se trata.
Quero me viciar.
Que eu me torne um doente (se já não sou).
Que aceite e desfrute do meu frenesi diário.
Exergo sangue...Tudo é rubro.
E meu corpo, frio e metálico está oxidado.
Viva a fumaça, a velocidade e a destruição de minha geração.
Não queremos ganhar o jogo...Queremos destruir o tabuleiro!
*(feito no dia 5 de Setembro de 2006)
quinta-feira, 8 de março de 2007
quarta-feira, 7 de março de 2007
ângulos sobre a vida e a cidade; vistas por um jovem aleatório.
Matemática... Só essa palavra me assusta. Não porque eu seja o cara mais rebelde do pedaço ou esteja seguindo padrões de rebeldia imbecis, mas a maneira que toda essa droga é vista na escola, isso sim me enoja!
Bloco O; o ponto de encontro de todos os tipos de babacas do meu colégio, inclusive eu mesmo. Creio que seja o prédio onde mais venta na cidade. Apesar de estar cheio de figuras excêntricas que nunca te deixam em paz, é um lugar bacana para matar o tempo. Se bem que a galera não é tão ruim assim. São idiotas em sua maioria, mas são menos que os do L.V., meu antigo colégio. O H., por exemplo, praticamente todo dia me pede um cigarro e fica com a sua blusa xadrez de lenhador por aí. Sem contar quando ele faz a barba e fica roçando a pança cabeluda dele contra a outra pança da namorada. Mas mesmo assim ele é um cara legal. Até porque ele sempre me chama de “alemão”, o que me agrada muito. E o fato dele ser imbecil não me faz melhor que ele, até porque eu, você e qualquer um parece imbecil quando mostra quem realmente é.
Esse maldito bloco me inspira pra burro. Imagino-me até daqui uns anos vindo aqui e tendo que segurar as folhas do caderno que balançam com o vento para poder escrever. Aqui se sente todo movimento da cidade; toda sua pulsação. A cidade é viva. Geme, flui, corre, esquenta, sopra. Nós somos apenas células medíocres, mas que constroem e mantêm o funcionamento do urbano. Sujamos, limpamos, destruímos, reclamamos... Mas sempre a cidade cresce e todas as células idiotas crescem e se multiplicam como coelhos no cio. A vida é a cidade. Não existe algo mais admirável do que a cidade com todos seus contrastes, velocidades e sons. Ambulâncias, buzinas, ônibus, fumaça, médicos, executivos, estudantes, operários, pessoas gritando “vai pra Rodoviária!” “Me arruma um cigarro?”. Toda essa ação me mantém vivo. São nas ruas que me sinto bem...
As pessoas correm para o trabalho. Umas por necessidade, desde cedo, indo pra lá e pra cá para arrumarem um troco. Outros, por luxo, fazem suas estúpidas caminhadas diárias depois que passam dos quarenta; longe de conhecer a verdadeira face do asfalto e das pessoas que pisam sobre eles. O mais irônico é que são justas essas pessoas que te dizem onde e quando você pode andar por aí!
Bloco O; o ponto de encontro de todos os tipos de babacas do meu colégio, inclusive eu mesmo. Creio que seja o prédio onde mais venta na cidade. Apesar de estar cheio de figuras excêntricas que nunca te deixam em paz, é um lugar bacana para matar o tempo. Se bem que a galera não é tão ruim assim. São idiotas em sua maioria, mas são menos que os do L.V., meu antigo colégio. O H., por exemplo, praticamente todo dia me pede um cigarro e fica com a sua blusa xadrez de lenhador por aí. Sem contar quando ele faz a barba e fica roçando a pança cabeluda dele contra a outra pança da namorada. Mas mesmo assim ele é um cara legal. Até porque ele sempre me chama de “alemão”, o que me agrada muito. E o fato dele ser imbecil não me faz melhor que ele, até porque eu, você e qualquer um parece imbecil quando mostra quem realmente é.
Esse maldito bloco me inspira pra burro. Imagino-me até daqui uns anos vindo aqui e tendo que segurar as folhas do caderno que balançam com o vento para poder escrever. Aqui se sente todo movimento da cidade; toda sua pulsação. A cidade é viva. Geme, flui, corre, esquenta, sopra. Nós somos apenas células medíocres, mas que constroem e mantêm o funcionamento do urbano. Sujamos, limpamos, destruímos, reclamamos... Mas sempre a cidade cresce e todas as células idiotas crescem e se multiplicam como coelhos no cio. A vida é a cidade. Não existe algo mais admirável do que a cidade com todos seus contrastes, velocidades e sons. Ambulâncias, buzinas, ônibus, fumaça, médicos, executivos, estudantes, operários, pessoas gritando “vai pra Rodoviária!” “Me arruma um cigarro?”. Toda essa ação me mantém vivo. São nas ruas que me sinto bem...
As pessoas correm para o trabalho. Umas por necessidade, desde cedo, indo pra lá e pra cá para arrumarem um troco. Outros, por luxo, fazem suas estúpidas caminhadas diárias depois que passam dos quarenta; longe de conhecer a verdadeira face do asfalto e das pessoas que pisam sobre eles. O mais irônico é que são justas essas pessoas que te dizem onde e quando você pode andar por aí!
O Triste Fim de Paulo Clóvis Palerma
- Não, acho que deve ser mais divertido; Mais Bukowskiano... Sim, mais Bukoskiwz... ano...Bu o quê mesmo?! - indagou o editor de gravata borboleta e luzes no cabelo lustroso.
- Certo, senhor. Vou revisar o livro e fazer uns ajustes aqui e ali e...
- Coisa nenhuma, Palerma! Você está fora, entendeu? O-u-t!
- Mas senhor... Eu...
- Mas coisa nenhuma, Palerma... Você é o que nós, cultos editores, chamamos de “escória neo-romântica literária”! O mundo pede algo novo entende? Algo inovador! Não, você não entende. Você é muito antiquado para a minha editora. Afinal, que diabo de escritor lançaria seu livro aos 52 anos? Saia já fora daqui!
Palerma, ao sair cabisbaixo pela porta da editora que lhe fizera sonhar tanto, pensou:
- Talvez ele tenha razão, talvez eu seja muito antiquado... Yolanda sempre dizia isso quando eu lhe contava minhas primeiras aventuras sexuais de meia-idade. Ela sempre dizia “Eu fui a primeira mulher com quem você trepou? Cruzes! Paulo Clóvis, você é muito antiquado!” Mas acho que ela queria dizer tardio ou qualquer coisa que o valha. Ela tinha 62 e me largou pelo piscineiro que já limpava minha piscina há mais de 35 anos.
Palerma sempre fora um fracasso na maioria das coisas que fizera na vida. Seu nome verdadeiro era Paulo Clóvis Palermagiani. Seus amigos o chamavam de PC, por mais que seu único amigo fosse Pirata, seu fox paulistinha perneta de aproximadamente 42 anos; e seus inimigos o chamavam de Palerma, apelido ao qual já se habituara e, por sinal, insistia em encarar de bom grado o fato ser chamado de tal maneira.
Aos 32 anos passou para Jornalismo, Psicologia e Letras, mas acabou encontrando-se fatigado o suficiente para dormir por 5 meses seguidos, sendo jubilado por vagabundagem.
Aos 40, vivendo ainda com sua mãe, tentou a carreira literária. Comprou uma máquina de escrever Remington, 25 tabletes de benzedrina e toda coleção de Kerouac (incluíndo os livros em inglês & francês), Dostoiésvki (em russo idem!) entre outros. Passou um ano e meio trancado no seu quarto e só leu a introdução de Os Irmãos Karamazov, desistindo logo depois desse livro. Escreveu alguns contos sobre sua emocionante vida: quando deu seu primeiro beijo, fumou seu primeiro baseado, bebeu sua primeira cerveja sem álcool e tirou sua carteira de motorista (“tudo isso nessa esplendorosa época dos meus 40 anos” afirmou Palerma). De acordo com o próprio Palerma, ele descobriu, em um ano, a roda, o fogo e a mulher, abrindo as portas para uma nova vida na flor da idade.
Porém, um belo dia, sua Remington triturou Pirata que comia seu dever de casa do cursinho pré-vestibular. Palerma prometeu nunca mais tocar em seus textos e principalmente na maldita máquina de escrever. Do alto de um penhasco à beira da estrada, Palerma praguejou com a Remington na mão: “Que você se espatife lá embaixo e não cause mal a mais ninguém!” Mas quando Palerma ouviu o impacto da máquina, desceu imediatamente do penhasco e viu que ela não só destruira o seu Gurgel, mas que as teclas que voaram para todo lado, também atingiram ferindo mais de 46 ciganos que ali acampavam.
Logo depois do incidente, Palerma decidiu escrever um livro nietzschiano sobre carma e azar em restaurantes mexicanos. E foi ai que se deu mal, para variar, com o editor engomadinho e cult.
Palerma estava cansado e queria dar um basta nisso tudo. Decidiu que ia se jogar de cima do prédio, mas acabou caindo na varanda do seu vizinho que preparava um peru para a noite de Natal, dois andares abaixo. Para a sorte do peru, ele já estava morto. Quanto a Palerma, morreu enterrando sua cabeça os centímetros suficientes para morrer sufucado no peru.
Triste fim para Paulo Clóvis Palerma!
- Certo, senhor. Vou revisar o livro e fazer uns ajustes aqui e ali e...
- Coisa nenhuma, Palerma! Você está fora, entendeu? O-u-t!
- Mas senhor... Eu...
- Mas coisa nenhuma, Palerma... Você é o que nós, cultos editores, chamamos de “escória neo-romântica literária”! O mundo pede algo novo entende? Algo inovador! Não, você não entende. Você é muito antiquado para a minha editora. Afinal, que diabo de escritor lançaria seu livro aos 52 anos? Saia já fora daqui!
Palerma, ao sair cabisbaixo pela porta da editora que lhe fizera sonhar tanto, pensou:
- Talvez ele tenha razão, talvez eu seja muito antiquado... Yolanda sempre dizia isso quando eu lhe contava minhas primeiras aventuras sexuais de meia-idade. Ela sempre dizia “Eu fui a primeira mulher com quem você trepou? Cruzes! Paulo Clóvis, você é muito antiquado!” Mas acho que ela queria dizer tardio ou qualquer coisa que o valha. Ela tinha 62 e me largou pelo piscineiro que já limpava minha piscina há mais de 35 anos.
Palerma sempre fora um fracasso na maioria das coisas que fizera na vida. Seu nome verdadeiro era Paulo Clóvis Palermagiani. Seus amigos o chamavam de PC, por mais que seu único amigo fosse Pirata, seu fox paulistinha perneta de aproximadamente 42 anos; e seus inimigos o chamavam de Palerma, apelido ao qual já se habituara e, por sinal, insistia em encarar de bom grado o fato ser chamado de tal maneira.
Aos 32 anos passou para Jornalismo, Psicologia e Letras, mas acabou encontrando-se fatigado o suficiente para dormir por 5 meses seguidos, sendo jubilado por vagabundagem.
Aos 40, vivendo ainda com sua mãe, tentou a carreira literária. Comprou uma máquina de escrever Remington, 25 tabletes de benzedrina e toda coleção de Kerouac (incluíndo os livros em inglês & francês), Dostoiésvki (em russo idem!) entre outros. Passou um ano e meio trancado no seu quarto e só leu a introdução de Os Irmãos Karamazov, desistindo logo depois desse livro. Escreveu alguns contos sobre sua emocionante vida: quando deu seu primeiro beijo, fumou seu primeiro baseado, bebeu sua primeira cerveja sem álcool e tirou sua carteira de motorista (“tudo isso nessa esplendorosa época dos meus 40 anos” afirmou Palerma). De acordo com o próprio Palerma, ele descobriu, em um ano, a roda, o fogo e a mulher, abrindo as portas para uma nova vida na flor da idade.
Porém, um belo dia, sua Remington triturou Pirata que comia seu dever de casa do cursinho pré-vestibular. Palerma prometeu nunca mais tocar em seus textos e principalmente na maldita máquina de escrever. Do alto de um penhasco à beira da estrada, Palerma praguejou com a Remington na mão: “Que você se espatife lá embaixo e não cause mal a mais ninguém!” Mas quando Palerma ouviu o impacto da máquina, desceu imediatamente do penhasco e viu que ela não só destruira o seu Gurgel, mas que as teclas que voaram para todo lado, também atingiram ferindo mais de 46 ciganos que ali acampavam.
Logo depois do incidente, Palerma decidiu escrever um livro nietzschiano sobre carma e azar em restaurantes mexicanos. E foi ai que se deu mal, para variar, com o editor engomadinho e cult.
Palerma estava cansado e queria dar um basta nisso tudo. Decidiu que ia se jogar de cima do prédio, mas acabou caindo na varanda do seu vizinho que preparava um peru para a noite de Natal, dois andares abaixo. Para a sorte do peru, ele já estava morto. Quanto a Palerma, morreu enterrando sua cabeça os centímetros suficientes para morrer sufucado no peru.
Triste fim para Paulo Clóvis Palerma!
Comtemplação
Era mais fácil quando tudo era uma parede ao meu lado. Quando você era só a garçonete de Manet e eu apenas sonhava com seus traços e contornos.
Passam-se meses, sonhos, meses, lamúrias...meses, dias, dias, dias. Você aparece, nasce para mim e para minhas suíças mal feitas e mal barbeadas. E logo me vejo a dormir ao seu lado e te amar como nunca amei outra pessoa.
E passam-se dias, dias, dias...semanas (com você); Mal sinto falta da nicotina e do gin diários.
Até que surgem novos fatos. Descubro que, ingenuamente, um quadro nunca foi e nunca será só meu. Um quadro, sempre foi e sempre será uma obra de arte invejada e desejada por todos os cafetões gigolôs empresários grâ-finos e intelectuais desse mundo medíocre. Uma súplica lacrimogênica do poeta beat. Gás lacrimogêneo e spray de pimenta nos olhos jovens e sonhadores do revolucionário ancião das ruas de cascalho, petróleo, lixo e cães do meu & seu mundo.
Um sopro de liberdade, seguido do trago de gin ou da fumaça dilacerante do haxixe. Alucinado mundo novo, Huxley quis dizer. Um mundo sujo onde o jovem tenta respirar liberdade mas é espiado pelo policial ou pelo padre na esquina.
Andando roto e arrastando o pé uma velha senhora diz: "Deus o abençoe, garoto." O jovem nunca respeitou tanto alguém após receber tal gesto dos mais sinceros e ternos. Talvez a senhora fosse como o jovem e ele como eu e você.
Passam-se meses, sonhos, meses, lamúrias...meses, dias, dias, dias. Você aparece, nasce para mim e para minhas suíças mal feitas e mal barbeadas. E logo me vejo a dormir ao seu lado e te amar como nunca amei outra pessoa.
E passam-se dias, dias, dias...semanas (com você); Mal sinto falta da nicotina e do gin diários.
Até que surgem novos fatos. Descubro que, ingenuamente, um quadro nunca foi e nunca será só meu. Um quadro, sempre foi e sempre será uma obra de arte invejada e desejada por todos os cafetões gigolôs empresários grâ-finos e intelectuais desse mundo medíocre. Uma súplica lacrimogênica do poeta beat. Gás lacrimogêneo e spray de pimenta nos olhos jovens e sonhadores do revolucionário ancião das ruas de cascalho, petróleo, lixo e cães do meu & seu mundo.
Um sopro de liberdade, seguido do trago de gin ou da fumaça dilacerante do haxixe. Alucinado mundo novo, Huxley quis dizer. Um mundo sujo onde o jovem tenta respirar liberdade mas é espiado pelo policial ou pelo padre na esquina.
Andando roto e arrastando o pé uma velha senhora diz: "Deus o abençoe, garoto." O jovem nunca respeitou tanto alguém após receber tal gesto dos mais sinceros e ternos. Talvez a senhora fosse como o jovem e ele como eu e você.
Letras & Gin (...e vice-versa)
Tome um trago forte de gin (agora!)
Pow! (seco como meu oh, querido cerrado)
Não tenho nada a escrever por enquanto. Me sinto pouco a vontade. Eu, papel, gin e minha caneta burguesa PILOT hi-tecpoint V5 grip, blá blá blá! Outro trago, por favor.
Melhorou. Percorro a caipira e calorenta Cuiabá dos pequis sorrateiramente, arrastando o pé esquerdo pelo asfalto. Ora por embriaguez, ora por causa da merda de um dedo (torcido, quebrado, semi-quebrado ou lá sabe Deus o que tem meu dedo...) Quero alcançar um cigarro perto das minhas roupas amarrotadas e sujas e próximo a minha mala burguesa de rodinhas. Não consigo. Tenho preguiça e tenho dor em todo corpo. Mais um trago como anestesia. Minha rota garrafinha(petaca) de rum carregada de Seagers Gin já foi entornada em minha garganta medíocre. Nada como uma noite boêmia a escrever na quieta (...e quente!) Cuiabá. Nela existe apenas um som fumegante e ébrio. O pensamento regado de gin de um aprendiz da quase extinta poesia beat. Se J.L.K., e que Deus o guarde, foi aprendiz de guarda-freios, eu sou agora iluminado por seu espírito e mergulho em toda sua experiente sabedoria sendo um aprendiz beat. Beatriz, beata! Um brinde a J. e todos os beats poetas empoeirados e rotos das estradas que ligam mentes e mundos. O Universo! Tin-Tin!
(tudo é véu e céu, morte numa cama de hotel...)
Pow! (seco como meu oh, querido cerrado)
Não tenho nada a escrever por enquanto. Me sinto pouco a vontade. Eu, papel, gin e minha caneta burguesa PILOT hi-tecpoint V5 grip, blá blá blá! Outro trago, por favor.
Melhorou. Percorro a caipira e calorenta Cuiabá dos pequis sorrateiramente, arrastando o pé esquerdo pelo asfalto. Ora por embriaguez, ora por causa da merda de um dedo (torcido, quebrado, semi-quebrado ou lá sabe Deus o que tem meu dedo...) Quero alcançar um cigarro perto das minhas roupas amarrotadas e sujas e próximo a minha mala burguesa de rodinhas. Não consigo. Tenho preguiça e tenho dor em todo corpo. Mais um trago como anestesia. Minha rota garrafinha(petaca) de rum carregada de Seagers Gin já foi entornada em minha garganta medíocre. Nada como uma noite boêmia a escrever na quieta (...e quente!) Cuiabá. Nela existe apenas um som fumegante e ébrio. O pensamento regado de gin de um aprendiz da quase extinta poesia beat. Se J.L.K., e que Deus o guarde, foi aprendiz de guarda-freios, eu sou agora iluminado por seu espírito e mergulho em toda sua experiente sabedoria sendo um aprendiz beat. Beatriz, beata! Um brinde a J. e todos os beats poetas empoeirados e rotos das estradas que ligam mentes e mundos. O Universo! Tin-Tin!
(tudo é véu e céu, morte numa cama de hotel...)
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