Sentado de frente para uma tela brilhante eu escuto T-Bone Walker dizendo-me “eles chamam segunda tempestuosa, mas terça é tão ruim quanto”. E sinto todo o azul fascinante me engolir e acabo como um negro louco sentado na varanda com um violão e uma gaita suja, feelin’ the blues. Logo depois um grande amigo chamado Albert King me diz que eu nasci debaixo de um sinal de azar. Eu vibro. Como suas cordas insanas que fazem todos dançarem. Mais um gole da cerveja que já se encontra quente. Mais uma baforada fétida do cigarro amassado. Espero por algo. Mas não sei o que é. Talvez alguma pessoa interessante para bater um papo ou uma música que me faça enlouquecer por completo. Ou então as ruas infinitas que chamam meu nome enquanto meu sapato implora por atrito. Somos os vagabundos dos sapatos masoquistas e loucos. Os sapatos que exigem serem gastos! E durante toda essa bobagem que lhes digo, agudos das guitarras alucinadas vibram. Quanta loucura. Os baixos fazem desenhos singulares, a bateria espanca nossos ouvidos de forma suave, a cerveja escorrega pela garganta, a fumaça alivia o corpo. Essa é a minha vida. Quanta loucura. Mas nada existe. Eu não sou o bluesman. Eu não sou o escritor. Eu sou apenas um jovem em apuros. Apuros que eu mesmo crio e que me deixo sofrer. O ser mais masoquista enlouquecido é o jovem. Young man blues! E por isso imploro, junto com B.B. King. “Rock me baby, rock me all night long”. Ah, dane-se. Escrevo para não pirar de vez, como dizia Bukowski e tantos outros. Viva!
(Tudo é genial, quando se tem espírito)
domingo, 29 de julho de 2007
sábado, 21 de julho de 2007
O vagabundo & a gaita pt. 2
Sai daquela velha cidade desolada e fui de encontro as estradas infinitas e rápidas, como veias sanguíneas. Meus pés finalmente experimentaram o que as notas da gaita do velho J. falavam sobre. O asfalto e o sapato se misturaram e se transformaram em som. Corria como Jesse Owens fugindo de Hitler e de todos os membros do KKK. Tap, tap, tap. O sapato batia, discretamente e o chacoalhar da velha mochila improvisava. Subitamente um carro zuniu pelo o vento e eu senti todo o poder daqueles velhos caminhos. Eu era uma nova pessoa, mesmo com sapatos pouco mastigados pelo asfalto.
Continuei meu caminho enquanto ouvia o vento uivando e as montanhas pesadas e exageradas me davam olhares cortantes e furiosos. Eu não tinha medo. Eu era jovem e tinha pernas feitas para correr mais do que um trem enlouquecido. Depois de alguns poucos quilômetros encontrei um pequeno bar de estrada.
Entrei de forma altiva, como um velho lobo das estradas. Ninguém ligou. Todos viviam suas vidas e bebiam tranquilamente suas cervejas. Sentei no balcão e conversei com o garçom. Ele com seus óculos e rugas demonstrava experiência e bondade. Conversamos um pouco e ele perguntou se eu ia beber algo. Pedi por um uísque sem gelo e em poucos segundos já dava minha primeira golada. Ele me contou histórias, eu lhe contei histórias e o uísque me cutucou o cérebro e acendeu uma idéia. Primeiro era que gostaria muito de um cigarro e a outra era que eu necessitava de um mapa. Pedi por ambos para o velho e amável garçom que me cedeu um cigarro amassado que mantinha naquelas orelhas maltratadas e idosas. Deu um grito poderoso chamando algum cliente e algum tempo depois via um cara com uma blusa de botão quadriculada e enorme. Abriu sua boca tristonha e gigantesca e fez seus bigodes longos se moverem perguntando o que o garçom queria. Ele nos apresentou sem muita cordialidade e disse que eu precisava de um mapa. O bigode imenso saiu vagarosamente fazendo sinal que deveríamos esperar. O garçom disse que ele provavelmente iria ao seu velho caminhão tão enorme quanto ele para procurar algum mapa adjacente. Ele voltou apenas com uma garrafa de gim na mão e fez um sinal negativo. Bom, teria que seguir a favor do vento, sem qualquer direção. Seguiria as instruções do velho J. Descer o rio M. pela estrada ## até a primeira cidade grande. Perguntei para o caminhoneiro gordo qual era a próxima cidade. E ele me respondeu resmungando que era N.
Então, abaixe-me e peguei a mochila. Agradeci e dei adeus ao velho garçom que me concedeu um sorriso como resposta. Abri a porta surrada do bar e continuei meu caminho, indo de encontro com o vento que soprava nos meus ouvidos querendo brincar com a gaita do velho J. Tirei-a do bolso e toquei junto com o vento algumas poucas notas. Meu primeiro improviso com um convidado ilustre. Fascinante.
Continuei meu caminho enquanto ouvia o vento uivando e as montanhas pesadas e exageradas me davam olhares cortantes e furiosos. Eu não tinha medo. Eu era jovem e tinha pernas feitas para correr mais do que um trem enlouquecido. Depois de alguns poucos quilômetros encontrei um pequeno bar de estrada.
Entrei de forma altiva, como um velho lobo das estradas. Ninguém ligou. Todos viviam suas vidas e bebiam tranquilamente suas cervejas. Sentei no balcão e conversei com o garçom. Ele com seus óculos e rugas demonstrava experiência e bondade. Conversamos um pouco e ele perguntou se eu ia beber algo. Pedi por um uísque sem gelo e em poucos segundos já dava minha primeira golada. Ele me contou histórias, eu lhe contei histórias e o uísque me cutucou o cérebro e acendeu uma idéia. Primeiro era que gostaria muito de um cigarro e a outra era que eu necessitava de um mapa. Pedi por ambos para o velho e amável garçom que me cedeu um cigarro amassado que mantinha naquelas orelhas maltratadas e idosas. Deu um grito poderoso chamando algum cliente e algum tempo depois via um cara com uma blusa de botão quadriculada e enorme. Abriu sua boca tristonha e gigantesca e fez seus bigodes longos se moverem perguntando o que o garçom queria. Ele nos apresentou sem muita cordialidade e disse que eu precisava de um mapa. O bigode imenso saiu vagarosamente fazendo sinal que deveríamos esperar. O garçom disse que ele provavelmente iria ao seu velho caminhão tão enorme quanto ele para procurar algum mapa adjacente. Ele voltou apenas com uma garrafa de gim na mão e fez um sinal negativo. Bom, teria que seguir a favor do vento, sem qualquer direção. Seguiria as instruções do velho J. Descer o rio M. pela estrada ## até a primeira cidade grande. Perguntei para o caminhoneiro gordo qual era a próxima cidade. E ele me respondeu resmungando que era N.
Então, abaixe-me e peguei a mochila. Agradeci e dei adeus ao velho garçom que me concedeu um sorriso como resposta. Abri a porta surrada do bar e continuei meu caminho, indo de encontro com o vento que soprava nos meus ouvidos querendo brincar com a gaita do velho J. Tirei-a do bolso e toquei junto com o vento algumas poucas notas. Meu primeiro improviso com um convidado ilustre. Fascinante.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Manifesto da merda pisoteada & confusa
Sou só mais um personagem nesse mundo insano. Como uma pessoa feita dos retalhos mentais do escritor feito de pijama, roupão e cabelo sujo.
Eu não sou o rapaz responsável, visionário, maduro & sensual que vocês enxergam.
Vocês com suas vozinhas navegando em palavras gentis e sensualmente recíprocas só alimentam esse personagem que na verdade não existe em lugar algum.
Não sou ninguém nem o nada. Sou apenas um jovem com um gato no colo, digitando com frio num computador branco e velho.
Sou apenas um palhaço que engole álcool em chamas no circo da vida. Exalando fumaça com produtos que matam baratas e ratos pelas narinas, como um trem pronto para se chocar com tantos outros.
Mas eu não me importo. Deixo-me dançar sobre o paraíso enlouquecido, tropeçando nos buracos ainda não preenchidos com ruídos agradáveis de bop.
Bang! Ah... Foda-se.
Eu não sou o rapaz responsável, visionário, maduro & sensual que vocês enxergam.
Vocês com suas vozinhas navegando em palavras gentis e sensualmente recíprocas só alimentam esse personagem que na verdade não existe em lugar algum.
Não sou ninguém nem o nada. Sou apenas um jovem com um gato no colo, digitando com frio num computador branco e velho.
Sou apenas um palhaço que engole álcool em chamas no circo da vida. Exalando fumaça com produtos que matam baratas e ratos pelas narinas, como um trem pronto para se chocar com tantos outros.
Mas eu não me importo. Deixo-me dançar sobre o paraíso enlouquecido, tropeçando nos buracos ainda não preenchidos com ruídos agradáveis de bop.
Bang! Ah... Foda-se.
O vagabundo & a gaita pt. 1
Nessa época eu era muito mais jovem e possuía uma mente fumegante e ativa, que diferente de hoje, está totalmente liquidada das noites incessantes e pesadas dos velhos tempos. Bom, que se dane. Chega de rodeios. Essa é a história da viagem dos seus sonhos.
Eu era um garoto naquele tempo. Consumava meu décimo-nono ano de vida quando uma música azul explodiu dentro da minha cabeça. Ficava atordoado de início, porém com tempo fui-me acostumando e logo me viciei. Eu era um dos poucos jovens brancos do interior que não concordava com a velha opinião do velho pai. Ele me alertava furiosamente e dizia: “Pare de escutar essas músicas de preto, garoto. Amanhã vamos à igreja e você vai se confessar!” E de fato íamos, porém sempre dava um jeito de fugir. Ou então subornava o padre atrás das simples imagens de Cristo com um cigarro. Era um bom moço, aquele padre. Ele sabia das coisas e com certeza devia saber que Deus não se preocupava com o que eu escutava, pois se Ele tem ouvidos, então provavelmente Ele escuta o mesmo quando chora pelos nossos graves erros.
Morávamos num casebre medíocre feito da madeira que meu pai se matou a vida inteira para comprar. Era um bom velho, mesmo que tradicional e confiante demais. Já eu, não estudei e por isso possuía dois trabalhos. De manhã trabalhava com o meu velho em sua fazenda e durante a noite, pulando a janela do meu quarto, lavava pratos no bar próximo. E foi lá que conheci o velho J. com sua gaita surrada e barulhenta. Ele estava lá sempre, sentado naquela caixa fodida e mofada de cerveja. Cantando e tocando, enlouquecidamente. Era um grande cara, com cicatrizes e dores no rabo. Vivia recebendo botinas do dono do bar, que o odiava. Talvez por ser doido ou talvez por ser preto. Só sei que toda noite, quando as garotas tão esquecidas e acabadas como o velho J. e os copos estraçalhados e secos no chão ou no balcão já descansavam, eu me juntava a ele e simplesmente ouvia.
Então um dia, ele simplesmente sumiu. A caixa marginal e suja estava vazia na madrugada uivante. Perguntei para o dono do bar & meu chefe, das botinas imensas e violentas sobre o velho J. e ele me respondeu: “Aquele preto escroto? Estou pouco me importando para aquele rabo nojento. Se bem que eu já sinto saudade de dar uns belos chutes naquele traseiro... Alias, ele deixou algo de lembrança, algo para que sempre lembremos daquele filho da puta. Que grande filho da puta. Ele deixou aquele maldito instrumento estúpido dele jogado no banheiro, ACREDITA NISSO? Ele não sabe ir em lugar nenhum sem cagar a vida dos outros! Que grande...” Deixei o porco de botinas a recitar poesia e corri para o banheiro.
E lá estava a velha gaita, com mijo e moscas voando por cima. Tirei a jaqueta e a embrulhei levando-a para casa. Entrei discretamente pela janela e liguei a luz do quarto. Roubei uma toalha do banheiro e um perfume antigo de meu pai e fiz o velho instrumento voltar ao que era antes. Enquanto passava a fina toalha por dentro encontrei um bilhete discreto & escrito em um papel higiênico. Eram as últimas poucas palavras do velho J. para mim, que apenas dizia: “Eu sinto seu sangue pulsando! Desça o rio M. e vá pela estrada ## e vá viver a vida, garoto”.
Então na mesma noite deixei 50 mangos em cima da mesa do meu velho pai e comprei minha liberdade. Juntei o que tinha e coloquei a velha gaita no bolso do jeans. Ainda era noite. Corri para aquecer o corpo. Eu não tinha nada a perder.
Eu era um garoto naquele tempo. Consumava meu décimo-nono ano de vida quando uma música azul explodiu dentro da minha cabeça. Ficava atordoado de início, porém com tempo fui-me acostumando e logo me viciei. Eu era um dos poucos jovens brancos do interior que não concordava com a velha opinião do velho pai. Ele me alertava furiosamente e dizia: “Pare de escutar essas músicas de preto, garoto. Amanhã vamos à igreja e você vai se confessar!” E de fato íamos, porém sempre dava um jeito de fugir. Ou então subornava o padre atrás das simples imagens de Cristo com um cigarro. Era um bom moço, aquele padre. Ele sabia das coisas e com certeza devia saber que Deus não se preocupava com o que eu escutava, pois se Ele tem ouvidos, então provavelmente Ele escuta o mesmo quando chora pelos nossos graves erros.
Morávamos num casebre medíocre feito da madeira que meu pai se matou a vida inteira para comprar. Era um bom velho, mesmo que tradicional e confiante demais. Já eu, não estudei e por isso possuía dois trabalhos. De manhã trabalhava com o meu velho em sua fazenda e durante a noite, pulando a janela do meu quarto, lavava pratos no bar próximo. E foi lá que conheci o velho J. com sua gaita surrada e barulhenta. Ele estava lá sempre, sentado naquela caixa fodida e mofada de cerveja. Cantando e tocando, enlouquecidamente. Era um grande cara, com cicatrizes e dores no rabo. Vivia recebendo botinas do dono do bar, que o odiava. Talvez por ser doido ou talvez por ser preto. Só sei que toda noite, quando as garotas tão esquecidas e acabadas como o velho J. e os copos estraçalhados e secos no chão ou no balcão já descansavam, eu me juntava a ele e simplesmente ouvia.
Então um dia, ele simplesmente sumiu. A caixa marginal e suja estava vazia na madrugada uivante. Perguntei para o dono do bar & meu chefe, das botinas imensas e violentas sobre o velho J. e ele me respondeu: “Aquele preto escroto? Estou pouco me importando para aquele rabo nojento. Se bem que eu já sinto saudade de dar uns belos chutes naquele traseiro... Alias, ele deixou algo de lembrança, algo para que sempre lembremos daquele filho da puta. Que grande filho da puta. Ele deixou aquele maldito instrumento estúpido dele jogado no banheiro, ACREDITA NISSO? Ele não sabe ir em lugar nenhum sem cagar a vida dos outros! Que grande...” Deixei o porco de botinas a recitar poesia e corri para o banheiro.
E lá estava a velha gaita, com mijo e moscas voando por cima. Tirei a jaqueta e a embrulhei levando-a para casa. Entrei discretamente pela janela e liguei a luz do quarto. Roubei uma toalha do banheiro e um perfume antigo de meu pai e fiz o velho instrumento voltar ao que era antes. Enquanto passava a fina toalha por dentro encontrei um bilhete discreto & escrito em um papel higiênico. Eram as últimas poucas palavras do velho J. para mim, que apenas dizia: “Eu sinto seu sangue pulsando! Desça o rio M. e vá pela estrada ## e vá viver a vida, garoto”.
Então na mesma noite deixei 50 mangos em cima da mesa do meu velho pai e comprei minha liberdade. Juntei o que tinha e coloquei a velha gaita no bolso do jeans. Ainda era noite. Corri para aquecer o corpo. Eu não tinha nada a perder.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
Palavras aleatórias sobre o jazz vivo e pulsante.
Notas músicas. Fluindo como o vinho que mancha agradavelmente nossas mentes e corações. Baixo & bateria passeam graves por aí enquanto os metais ácidos e enlouquecidos praguejam amavelmente sob eles (de forma tão harmoniosa). Poderia ouvir durante a vida e a morte os trompetes e saxofones subirem e descerem de tom me proporcionando sensações sensacionais. Bop, bop, bop! Merda, a música é uma dádiva. É a maior arte que o homem já produziu. Arte pública! Eu, você, seu gato dormindo no seu colo. Todos escutamos. Dos nossos ouvidos vibrantes passeam pelo nosso corpo e de lá partem para outros corpos e depois até o universo, transformando todos os sons num uníssono insano e reverberante. O som eterno. Apenas escute..........
Porém de pouco restara desse som. O ser humano fede, acima de tudo. Miles Davis é o que Deus escuta. Amém!
Porém de pouco restara desse som. O ser humano fede, acima de tudo. Miles Davis é o que Deus escuta. Amém!
terça-feira, 10 de julho de 2007
Meu grande avô
Aqui estou com seu casaco cinza e desbotado
Que me faz sentir tanto sua presença ao meu lado
Porém dele não precisa mais
Assim como seus velhos óculos
Nos quais eram grandes demais
Olhos azuis de pura sabedoria
Que tanto me ensinou
Eu realmente sinto sua falta
Meu grande avô
O ancião de barba
Andando pra lá e pra cá
Lendo jornal até cansar
Indo para o trabalho
De Maverick ou de ônibus
Esperando ansiosamente
O trabalho começar
Mas tudo se foi
E tudo se vai
Eu sinto muito sua falta
Meu grande avô
Lembro-me perfeitamente
De como chutava uma bola
Como se fosse um atacante
Do glorioso América Mineiro
Lembro-me dos cachorros
Que sempre os tratou como filhos
Mesmo que com grandes dentes
E lembro-me de mais coisas
Que para mim eu guardo
Como um vinho envelhecido e quente
E é por sentir sua falta
Que faço tais letras
A fim de te abraçar
Independente onde esteja
Está tudo azul, meu grande avô
Mesmo sentindo tanto sua falta
Seguimos sempre,
naquela luta!
Que me faz sentir tanto sua presença ao meu lado
Porém dele não precisa mais
Assim como seus velhos óculos
Nos quais eram grandes demais
Olhos azuis de pura sabedoria
Que tanto me ensinou
Eu realmente sinto sua falta
Meu grande avô
O ancião de barba
Andando pra lá e pra cá
Lendo jornal até cansar
Indo para o trabalho
De Maverick ou de ônibus
Esperando ansiosamente
O trabalho começar
Mas tudo se foi
E tudo se vai
Eu sinto muito sua falta
Meu grande avô
Lembro-me perfeitamente
De como chutava uma bola
Como se fosse um atacante
Do glorioso América Mineiro
Lembro-me dos cachorros
Que sempre os tratou como filhos
Mesmo que com grandes dentes
E lembro-me de mais coisas
Que para mim eu guardo
Como um vinho envelhecido e quente
E é por sentir sua falta
Que faço tais letras
A fim de te abraçar
Independente onde esteja
Está tudo azul, meu grande avô
Mesmo sentindo tanto sua falta
Seguimos sempre,
naquela luta!
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