sábado, 29 de novembro de 2008

Do altar etílico jaz o jazz & O lírio espera ser ouvido por Eros

I

Do altar etílico jaz o jazz
Que passeia pelos contornos e adornos
Dos ouvidos da escrivaninha de madeira;
Que vibra; viva.

O calor lhe enche os poros que
Também vivos, exalam suavemente
O poder magnífico da morte
Prematura e jovial.

Ah, e o álcool
Nas veias elétricas
Do Stereo Parker Quartet
Náuseas deliciosas
Nos precedem com o vento
De suas narinas de Gárgula

II

Assustadoramente belo
Entre flores e odores
Exóticos do enxofre e do mel
O lírio espera ser ouvido
Por Eros em sua majestosa
Cama musical.

Branda como o relâmpago
De teus versos que meus;
Na sinceridade do vento
Lamento de não possuir AGORA
Sua tão formosa flor.

Que da ornitologia do vento
O calor de suas narinas suaves
O vento feito da mais pura luz
Os olhos do oceano não estão mais
Entre as pradarias rebeldes
Dos meus olhos versos.

Borrei a mão com os sabores
E corredores invisíveis
De teu lírio ventre.

Nenhum comentário: