O que seria de mim sem minhas melodias azuis e flamejantes? Ou sem seus gritos e gemidos borbulhantes. Guitarras e gaitas harmoniosas explodindo meu cérebro que clama e clama. Eu sempre precisei deles. Ninguém vai tirar isso de mim.
Meu deus é como um ás de espadas. Negro como a noite que envolve todo e cada vagabundo em seu leito férreo.
Os saxofones estouram como bombas de hidrogênio invisíveis e sempre vão manter seu cérebro ligado e atordoado. E seus olhos injetados explodindo como fogos de artifício. E tudo isso para todo sempre, e sempre... Daí entra o trompete mais suave te dilacerando aos poucos te fazendo viciar como o primeiro pico doloroso. O piano pulando entre suas orelhas entrando e saindo pelos seus olhos brilhantes e jovens. Saltando entre tudo e nada como uma bailarina dos tempos. Pam na nan nammmm. E a bateria lá... "Éééé...." A voz do músico. Curtindo aquilo tudo numa decrescente insana até chegar num glorioso e calmo louco gemido de "ééé...." e por aí vai. Ou então o guitarrista cantando seu próprio solo. Dizendo ao mesmo tempo o que seu membro retrátil feito de cordas diz geme e explosivamente clama. E as cordas do vocalista também vibram e todo instrumento vibra com ele.
Merda, como tudo isso é sensacional. Se você não sabe o que é isso, definitivamente você esqueceu o que as ondas dentro do ventre em que nasceu te diziam.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário