terça-feira, 11 de setembro de 2007

Palavras a(o meu) Gerard

Gritos como de um carro derrapante.
Impossível descrever tal anseio delirante.
O uivo infantil errante.
As palavras no escuro escorregadio desconcertante.
Brilham imponentes.
Para os meus olhos jovens, como incríveis diamantes.
Suplicante.
Assustadoramente;
Meliante.

Um alento kerouquiano.
O oceano é o meu irmão.
Sim. O oceano da dor precoce.
Espasmos sem sentido.
Gritos sussurantes no seu corpo pequenino e assustado;
Latejante!
Seus olhos azuis medrosos, porém sempre atentos;
A qualquer instante.

Oh Deus, ajude-o desse descontrole mental.
Que tanto lhe aflige e que lhe coloca tão distante.

A emoção me toma conta quando o vejo dormir, feliz.
Sonhando ser um garoto saltitante.
Já estou incomodando bastante.
Não tenho mais nada a dizer ou acresentar.
Nesse meu poema blues ondulante.

3 comentários:

Paulo César disse...

Excelente, filho!
Enveredando pelos caminhos da poesia?! Muito bom retrato da pessoinha. Abraço !!

Anônimo disse...

às vezes eu acho
que tão intenso
que eu nem sei olhar.

Anônimo disse...

Lindo!
Blue sky melloy;
drama dreams!
quem te ama,
fliperama.