Gritos como de um carro derrapante.
Impossível descrever tal anseio delirante.
O uivo infantil errante.
As palavras no escuro escorregadio desconcertante.
Brilham imponentes.
Para os meus olhos jovens, como incríveis diamantes.
Suplicante.
Assustadoramente;
Meliante.
Um alento kerouquiano.
O oceano é o meu irmão.
Sim. O oceano da dor precoce.
Espasmos sem sentido.
Gritos sussurantes no seu corpo pequenino e assustado;
Latejante!
Seus olhos azuis medrosos, porém sempre atentos;
A qualquer instante.
Oh Deus, ajude-o desse descontrole mental.
Que tanto lhe aflige e que lhe coloca tão distante.
A emoção me toma conta quando o vejo dormir, feliz.
Sonhando ser um garoto saltitante.
Já estou incomodando bastante.
Não tenho mais nada a dizer ou acresentar.
Nesse meu poema blues ondulante.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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